Deus, o Ser supremo e eterno, é apresentado nas Escrituras como o Criador onipotente, onisciente e onipresente de todo o universo e de tudo o que nele existe. Sua identidade é revelada progressivamente ao longo da Bíblia, desde o Elohim das narrativas da criação em Gênesis, um nome plural que já sugere a complexidade de Sua natureza, até a revelação pessoal e íntima como YHWH/SENHOR, o Deus da aliança, um nome que denota Sua fidelidade inabalável e Seu relacionamento pactual com a humanidade.
A essência de Deus é multifacetada e gloriosa. Ele é intrinsecamente santo, separado de todo o mal e fonte de toda a pureza moral. Sua justiça é perfeita, manifestando-se em Sua retidão e imparcialidade em todas as Suas ações e julgamentos. Contudo, Sua justiça é inseparável de Seu imenso amor, uma característica central de Seu ser que O move a buscar e redimir a humanidade caída. Este amor se manifesta de forma suprema e definitiva na pessoa de Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, que encarnou, viveu, morreu e ressuscitou para reconciliar o mundo consigo.
A atuação de Deus na história é marcada por Sua iniciativa constante em estabelecer e manter relacionamentos com a humanidade através de diversas alianças. Desde a aliança com Noé após o dilúvio, passando pela aliança abraâmica que estabeleceu a linhagem da promessa, a aliança mosaica que revelou Sua lei e padrões de santidade, até a nova aliança estabelecida por meio do sacrifício de Jesus Cristo, Deus demonstra Seu desejo contínuo de se relacionar com Seu povo e restaurar o relacionamento rompido pelo pecado.
A vinda de Jesus Cristo representa o clímax da revelação de Deus. Nele, a plenitude da divindade habitou corporalmente (Colossenses 2:9), revelando o caráter de Deus de maneira completa e compreensível para a humanidade. Os ensinamentos de Jesus, Seus milagres, Sua morte sacrificial na cruz e Sua ressurreição vitoriosa demonstram o amor redentor de Deus em ação, oferecendo perdão e vida eterna a todos os que creem.
A obra redentora de Deus não se encerra na cruz, mas continua através do Espírito Santo, que capacita os crentes a viverem em conformidade com a vontade divina e a testemunharem do Seu amor ao mundo. A história bíblica aponta para uma restauração final de todas as coisas, um tempo em que o pecado e a morte serão vencidos completamente, e a criação será renovada sob o governo justo e amoroso de Deus, culminando em um estado de perfeita comunhão entre Deus e a humanidade redimida.
Em resumo, Deus é o Criador, o Senhor da aliança, o Redentor através de Jesus Cristo e o Consumador de todas as coisas. Sua natureza santa, justa e amorosa permeia toda a Sua obra na história, revelando um Deus que não apenas criou o universo, mas que ativamente se envolve com Sua criação para trazer redenção e estabelecer Seu reino eterno.