Sansão foi o último dos juízes maiores mencionados no Livro de Juízes. Seu nascimento foi anunciado de forma miraculosa pelo Anjo do Senhor a seus pais, Manoá e sua esposa (que era estéril), da tribo de Dã, em Zorá. Foi dedicado a Deus como nazireu desde o ventre materno, com instruções específicas para se abster de vinho, comida impura e de cortar o cabelo (Juízes 13). O Espírito do Senhor começou a movê-lo ainda jovem.
Seu ministério como juiz e libertador foi marcado por atos de força sobrenatural direcionados contra os filisteus, que dominavam Israel na época. No entanto, suas ações eram frequentemente impulsionadas por provocações pessoais e relacionamentos problemáticos com mulheres filisteias. Ele matou um leão com as próprias mãos, propôs um enigma em seu casamento com uma mulher de Timna que o traiu, matou trinta filisteus em Ascalom, queimou as plantações filisteias usando trezentas raposas com tochas amarradas às caudas, e matou mil filisteus com uma queixada de jumento fresca em Leí, após romper as cordas com que os homens de Judá o haviam amarrado para entregá-lo (Juízes 14-15). Em outra ocasião, em Gaza, ele arrancou os portões da cidade e os carregou até o cume de um monte (Juízes 16:1-3).
Sua queda trágica veio através de seu relacionamento com Dalila, no vale de Soreque. Subornada pelos príncipes filisteus, Dalila persistentemente tentou descobrir o segredo da força extraordinária de Sansão. Após enganá-la três vezes, Sansão finalmente cedeu e revelou que sua força residia em seu cabelo não cortado, o sinal de seu voto nazireu e de sua separação para Deus. Enquanto dormia no colo de Dalila, seu cabelo foi cortado (Juízes 16:4-19).
Ao acordar, descobriu que "o SENHOR se tinha retirado dele" (Juízes 16:20). Sua força se foi, e ele foi facilmente capturado pelos filisteus, que lhe vazaram os olhos, o prenderam com grilhões de bronze e o forçaram a girar um moinho na prisão em Gaza. Sua humilhação foi completa.
Entretanto, seu cabelo começou a crescer novamente. Durante um grande festival em honra ao deus filisteu Dagom, os líderes filisteus mandaram trazer Sansão da prisão para que os divertisse. Colocado entre as duas colunas centrais que sustentavam o templo lotado, Sansão orou a Deus uma última vez: "SENHOR Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que de uma só vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos" (Juízes 16:28). Agarrando as colunas, ele as empurrou com toda a sua força, derrubando o templo sobre si mesmo e sobre todos os príncipes e o povo ali presentes. "E foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida" (Juízes 16:30).
Sua família resgatou seu corpo e o sepultou no túmulo de seu pai, Manoá. O texto conclui que ele julgou Israel por vinte anos (Juízes 16:31). Apesar de sua vida marcada por paixões e falhas, Sansão é incluído entre os heróis da fé em Hebreus 11:32, reconhecendo que seus atos de força contra os inimigos de Israel foram capacitações divinas e que sua oração final foi um ato de fé.