Adão é apresentado em Gênesis como o primeiro homem, criado por Deus no sexto dia da Criação, à Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26-27). Formado "do pó da terra", Deus soprou em suas narinas o fôlego de vida, tornando-o alma vivente (Gênesis 2:7).
Foi colocado no Jardim do Éden para cultivá-lo e guardá-lo, recebendo domínio sobre os animais e a permissão para comer de todas as árvores, exceto a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, sob pena de morte (Gênesis 2:15-17).
Percebendo que não era bom que o homem estivesse só, Deus fez Adão cair em sono profundo e, de uma de suas costelas, formou a mulher, Eva (Gênesis 2:18-23). Adão a reconheceu como "osso dos seus ossos e carne da sua carne". Viviam em estado de inocência, sem consciência da nudez.
A narrativa da Queda (Gênesis 3) descreve como a serpente (interpretada tradicionalmente como Satanás) tenta Eva a comer do fruto proibido, que por sua vez o oferece a Adão, que também come. Imediatamente, seus olhos se abrem, percebem sua nudez e se escondem de Deus.
Confrontados por Deus, Adão culpa Eva (e, implicitamente, Deus por tê-la dado a ele), e Eva culpa a serpente.
As consequências da desobediência foram profundas: maldições sobre a serpente, dores multiplicadas para a mulher no parto e submissão ao marido, e para Adão, trabalho árduo e doloroso para tirar sustento da terra amaldiçoada, culminando no retorno ao pó (morte física).
Deus provê vestes de pele para o casal e os expulsa do Jardim do Éden para impedir o acesso à Árvore da Vida, colocando querubins para guardar o caminho (Gênesis 3:14-24).
Fora do Éden, Adão e Eva tiveram filhos: Caim, Abel e, após a morte de Abel, Sete (Gênesis 4). Gênesis 5:4 menciona que Adão teve outros filhos e filhas. Ele viveu 930 anos (Gênesis 5:5), tornando-se o ancestral de toda a humanidade segundo a Bíblia.
Teologicamente, especialmente em Romanos 5 e 1 Coríntios 15, Adão é visto como o representante da humanidade cujo pecado trouxe morte a todos, em contraste com Jesus Cristo, o "Último Adão", que traz vida.