Eva é introduzida em Gênesis 2 como a solução divina para a solidão de Adão. Deus a forma a partir de uma costela de Adão enquanto ele dormia, apresentando-a a ele como uma "auxiliadora idônea" (Gênesis 2:18-22). Adão a reconhece intimamente, chamando-a de "Mulher" (Ishah), pois "do varão" (Ish) foi tomada, estabelecendo o fundamento para o casamento (Gênesis 2:23-24). Juntos, viviam em inocência no Jardim do Éden.
A narrativa central de Eva ocorre em Gênesis 3, com a Tentação e a Queda. A serpente se aproxima de Eva e questiona a ordem de Deus sobre a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Eva demonstra conhecimento da proibição, mas a serpente distorce a verdade, negando a consequência da morte e prometendo divindade (Gênesis 3:1-5).
Atraída pela aparência do fruto e pela promessa de sabedoria, Eva come do fruto proibido e o oferece a Adão, que estava com ela e também come (Gênesis 3:6).
A consequência imediata foi a perda da inocência e a consciência da nudez (Gênesis 3:7). Ao serem confrontados por Deus, Eva admite sua ação, mas culpa a serpente: "A serpente me enganou, e eu comi" (Gênesis 3:13).
Deus então pronuncia juízos específicos: para Eva, dores multiplicadas no parto e uma dinâmica de relacionamento alterada com seu marido (Gênesis 3:16). Apesar da sentença de morte física eventual para ambos, Adão nomeia sua esposa Eva (Chavvah), que significa "Vida" ou "Mãe dos Viventes", reconhecendo seu papel futuro na propagação da humanidade (Gênesis 3:20).
Junto com Adão, Eva é expulsa do Jardim do Éden para que não tivessem acesso à Árvore da Vida (Gênesis 3:22-24). Fora do Éden, ela se torna mãe, dando à luz Caim (com a exclamação registrada em Gênesis 4:1, possivelmente dela: "Alcancei do SENHOR um varão"), Abel e, posteriormente, Sete, que continuaria a linhagem piedosa (Gênesis 4:1-2, 25). Gênesis 5:4 indica que Adão e Eva tiveram mais filhos e filhas.
A Bíblia não registra a idade de Eva ao morrer. No Novo Testamento, Paulo a menciona em 2 Coríntios 11:3, alertando sobre o engano da serpente, e em 1 Timóteo 2:13-14, referindo-se à ordem da criação e ao fato de Eva ter sido enganada, não Adão, no contexto de instruções sobre o papel das mulheres na igreja da época.
Eva permanece uma figura fundamental, a matriarca primordial da humanidade.